As grades vivas são estruturas de madeira para a consolidação superficial de taludes com uma altura de até 20 m e declives de até 55%. O seu objetivo é a consolidação das camadas superficiais de solo da encosta até uma profundidade de 30 – 40 cm (em função do tipo de grade (simples ou duplo)). São construídas utilizando troncos de diâmetros entre 10 e 30 cm numa estrutura em grade simples ou dupla. A distância vertical entre os diferentes níveis transversais é função do ângulo de estabilidade do solo de modo a garantir que não ocorram deslizamentos ou erosão do solo de enchimento.
Rolos cilíndricos em fibra de coco, que permitem a sedimentação de materiais e/ou a estabilização de margens fluviais.
Campo de Aplicação
Margens fluviais de declive baixo com limitada oscilação do nível da água e transporte sólido bastante fino, margens de lagos, áreas lagunares.
Constituem em conjunto com as fascinas, a técnica de utilização mais generalizada e diversificada desde a antiguidade. Podem ser utilizados na proteção de margens fluviais e na estruturação e consolidação de taludes e encostas. Também é uma técnica de utilização simples, consistindo na execução de um entrançado de ramos vivos de salgueiro (ou outras espécies lenhosas com características ecológicas semelhantes e adequadas às características do local de intervenção) em torno de estacas cravadas no solo.
As fascinas são, em conjunto com os entrançados, um dos métodos de construção com vegetação mais antigos (existem registos de uma utilização generalizada na China e no Peru há mais de mil anos). As fascinas são feixes de ramas vivas e mortas com um diâmetro de entre 15 a 50 cm e um comprimento adaptado à aplicação projetada, mas que varia normalmente entre 2 e 4 metros. O uso destas fascinas vivas só tem sentido em lugares onde a climatologia ou a disponibilidade hídrica permitem o estabelecimento das novas raízes e ramos.
As fascinas têm uma utilização muito diversificada desde as estruturas de drenagem e segmentação de taludes até uma grande variedade de estruturas de proteção de margens de linhas de água. Nas margens de linhas de água esta técnica é recomendada para a criação de faixas de vegetação nas margens dos rios.
Esta técnica corresponde à utilização de utilização de troços de troncos ou ramos com mais de 3 anos, com casca fina, sem ramagem lateral e sem estrias, com comprimentos entre 40 e 100 cm e um diâmetro entre 2 e 8 cm afiadas na parte inferior e cravadas no solo até que apenas cerca de 5 cm fiquem de fora de modo a reduzir os ricos de exsicação. A sua aplicação é aconselhada em taludes e margens fluviais de baixo declive; podem também ser usadas como elemento fixador na instalação de mantas orgânicas, fascinas, entrançados vivos, etc. Esta técnica está especialmente recomendada para reparar pequenos deslizamentos e assentamentos de terra devidos ao excesso de humidade do solo em locais sem problemas graves de estabilidade.